Entender a spondilite anquilosante e outras doenças autoimunes são um passo importante para reconhecer os sinais precoces e buscar o diagnóstico correto.
Embora o termo "doença autoimune" possa soar intimidador, é essencial lembrar que muitas dessas condições podem ser gerenciadas com o tratamento adequado.
O que é uma doença autoimune?
Antes de falarmos sobre a spondilite anquilosante, é importante entender o que são doenças autoimunes. Nosso sistema imunológico é responsável por proteger o corpo contra invasores, como vírus e bactérias. No entanto, em pessoas com doenças autoimunes, o sistema imunológico ataca erroneamente as células saudáveis do próprio corpo, confundindo-as com ameaças.
Esse ataque pode causar inflamação, dor e danos aos tecidos.
O que é a Spondilite Anquilosante?
A spondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente as articulações da coluna vertebral, mas pode também atingir outras partes do corpo. A palavra "spondilite" significa inflamação da coluna, e "anquilosante" se refere à fusão das articulações, que pode ocorrer em estágios avançados da doença.
A causa exata da spondilite anquilosante ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Um gene específico, chamado HLA-B27, está presente em grande parte das pessoas com essa doença, o que sugere uma predisposição genética.
Como a spondilite anquilosante ataca o corpo?
A spondilite anquilosante causa inflamação nas articulações sacroilíacas (onde a coluna se une ao osso do quadril) e nas articulações da coluna vertebral. Essa inflamação leva à destruição da cartilagem e dos ossos, resultando em dor, rigidez e, eventualmente, fusão das articulações.
Os principais sintomas da spondilite anquilosante incluem:
Dor lombar: geralmente é o primeiro sintoma e piora com o repouso e melhora com a atividade física.
Rigidez matinal: dificuldade para se movimentar pela manhã.
Fadiga: sensação de cansaço excessivo.
Perda de movimento: a fusão das articulações pode limitar a flexibilidade da coluna.
Inflamação em outras articulações: além da coluna, as articulações dos ombros, quadris e joelhos podem ser afetadas.
Uveíte: inflamação do olho que causa vermelhidão, dor e visão embaçada.
Além dos ossos e articulações, a espondilite anquilosante pode afetar outros órgãos, como:
Coração: aortite (inflamação da aorta)
Pulmões: restrição do fluxo de ar
Intestino: doença inflamatória intestinal
Se você suspeitar que possa ter espondilite anquilosante, consulte um reumatologista. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem melhorar significativamente a qualidade de vida.
Um diagnóstico preciso é fundamental para iniciar o tratamento adequado o mais cedo possível. O tratamento precoce pode ajudar a controlar a inflamação, aliviar a dor e prevenir danos articulares a longo prazo.
Como o diagnóstico é feito?
História clínica detalhada: o médico irá perguntar sobre seus sintomas, como a dor nas costas, rigidez matinal, fadiga e qualquer histórico familiar de doenças inflamatórias.
Exame físico: o médico irá avaliar sua postura, amplitude de movimento e sensibilidade em diferentes áreas do corpo.
Exames de sangue:
VHS (velocidade de hemossedimentação) e PCR (proteína C reativa): Esses exames medem a atividade inflamatória no corpo.
HLA-B27: Esse gene está presente em grande parte das pessoas com espondilite anquilosante, mas não é exclusivo da doença.
Exames de imagem:
Radiografias: São utilizadas para avaliar as articulações sacroilíacas e da coluna vertebral em busca de sinais de inflamação e erosão.
Ressonância magnética: É mais sensível que a radiografia para detectar a inflamação nas primeiras fases da doença.
Tomografia computadorizada: Pode ser utilizada para avaliar a extensão da doença e identificar complicações.
No Ciclo - Centro de Imunoterapia Clinionco, oferecemos atendimento especializado para doenças autoimunes.
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